terça-feira, 7 de maio de 2013

O CIRCO DAS LEMBRANÇAS




            Hoje me lembrei da minha infância  em uma cidadezinha pequenina onde as ruas ainda eram de terra e quando chovia ficava um lamaçal danado, mas eu gostava.
            A grande alegria da molecada era a chegada do circo na nossa vila, era um circo pequeno mas com grandes artistas, a charanga muito animada e maluca saia pelas ruas anunciando a sua chegada, cantando muitas chulas.

Senhoras e senhores!
Respeitável público!
Não percam, hoje às oito da noite, o nosso grande Espetaculo!

Venham, venham, venham ver...
As atrações que trazemos para vocês!

Artistas, ilusionistas, mágicos e malabaristas!

Venham, venham, venham ver !
As atrações que trazemos para vocês!

Equilibristas, contorcionistas, trapezistas e acrobacias!

Venham, venham, venham ver !
As atrações que trazemos para vocês!

Mulheres lindas, palhaços, a xaranga maluca, pipoca e algodão doce!

Vamos, vamos correndo, o circo vai iniciar a função!!!!


            Era muito bom, eu fui em muitas vezes nesse circo, mas teve duas que marcaram muito para mim. A primeira  foi em uma tarde muito ensolarada, onde dava para ver os raios de sol adentrando pelos buracos que existia no interior da lona, com arquibancada de madeira rustica, era uma imagem muito linda, os artistas interagiam com o ambiente, o céu estava sempre ao seu favor, a coisa mais linda de se ver. Eu ficava com vontade de ir embora com a trupe para conhecer outros lugares, mas eu não podia porque eu era pequeno, e não poderia deixar minha querida mãe e meus irmãos sozinho na minha casa. Se eu fosse o que seria deles!
            Por este motivo eu resolvi ficar e não acompanhei o circo, sei que tudo tem seu tempo certo.
            A segunda vez que também foi muito emocionante ir naquele circo, não era hora do espetáculo  mas eu tinha feito amizade com os artistas, e eu comecei visitar ele, conversava com o malabarista e com as lindas bailarinas, observava atentamente os trapezistas que pareciam anjos no céu, fazendo acrobacias arriscadas e adora ver aquele palhaço atrapalhado e atrapalhando do mundo , eu ria muito com ele, mas teve um dia que eu percebi que aquele palhaço engraçadíssimo  não estava tão feliz com nos outros dias, ele estava triste e chorando, ai eu fui devagarinho se aproximando dele, ele nem percebeu minha presença, foi quando eu vi na mão dele uma foto, eu muito curioso perguntei a ele, porque estava triste.
            -- Seu palhaço o que aconteceu? Não fica triste não.
            O palhaço começou a secar os olhos com as mangas da camisa.
            Ele me perguntou?
            -- Menino quantos anos você tem?
            Ai eu disse que tinha sete anos.
            O palhaço começou a contar que tem um filho e faria sete anos também, e participava junto com ele dos números no picadeiro, ele ficava muito emocionado por poder dividir a sua arte com seu filho. Eram a atração principal do espetáculo, as crianças ia ao delírio com os palhaços Picolino e Picolini.
            Mas o circo passava por algumas dificuldades, não tinha muitos espaços para erguer a lona, tinha cidades que não permitia entrada de animais, com isso começou a diminuir o publico,  e ele começou ter dificuldade financeira, tinha dia que tinha dinheiro e tinha dia que não tinha dinheiro e sua mulher que era a bailarina do circo, resolveu voltar morar com sua família que não era de circo e levou o seu filho junto, o pequeno palhacinho. Agora ele se apresenta sozinho no picadeiro e vê o filho de vez em quando, quando dá.
            Ele terminou de me contar essa triste estoria, limpou os olhos e me disse que o espetáculo nunca pode parar.
            Hoje eu percebo como a vida de um artista não é fácil  mas eles tem uma coisa muito especial, que é a magia de super os grandes desafios, e nos ensina que temos que buscar os nossos sonhos, que sempre será possível.


Texto: Claudiano Dias.

sábado, 4 de maio de 2013

Programação circo, teatro, musica na Virada cultural 2013


Palco Parque da Luz


Viradinha Cultural com programação especial para as crianças.

GRAMAÇÃO

Sábado - (18/05)

00h00
Show de Mágica 24 horas

08h00
Glocalidades com Núcleo Pé de Zamba

18h00
Circo de Bonecos - Circus

18h00
Circo de Bonecos - Circus

18h00
Glocalidades com Núcleo Pé de Zamba

18h00
Show de Mágica 24 horas

20h00
Bonecos Urbanos - Só Sonho Samba

20h00
Bonecos Urbanos - Só Sonho Samba

Domingo - (19/05)

00h00
Histórias para inventar cidades

00h00
Inimar dos Reis - Cortejo de Bonecos

02h00
Bonecos Adultos - O conto do Anjo Caido

02h00
Bonecos Adultos - O conto do Anjo Caido

03h00
Cia do Fogo - Dragão de Fogo

03h00
Cia do Fogo - Dragão de Fogo

04h00
Cia do Fogo - Intervencoes de Pirofagia

04h00
Cia do Fogo - Intervencoes de Pirofagia

06h00
Girasonhos - Canta Girasonhos

08h00
Experimento Circo com Circo Amarillo

08h00
Experimento Circo com Circo Amarillo

08h00
Fuxico - Histórias do Bem te vi

08h00
Fuxico - Histórias do Bem te vi

09h00
Toc Patoc

09h00
Toc Patoc

09h30
Circo Malabarístico com Irmãos Becker

09h30
Circo Malabarístico com Irmãos Becker

10h00
Cia.Pia Fraus - Gigantes de Ar

10h00
O Conto dos Pássaros

10h00
O Conto dos Pássaros

11h00
Besouro Mutante com Namakaka

11h00
Besouro Mutante com Namakaka

11h00
Histórias para inventar cidades

12h00
Bonecos Urbanos - No curso do Rio

12h00
Bonecos Urbanos - No curso do Rio

12h30
Gari Muccioloco com Muccioloco Circus

12h30
Gari Muccioloco com Muccioloco Circus

14h00
G. Sol - Mulambolambo

14h00
G. Sol - Mulambolambo

15h00
Caí, meu corpo, meu brinquedo

15h00
Caí, meu corpo, meu brinquedo

16h00
Abacirco - Espetáculos de Variedades

16h00
Abacirco - Espetáculos de Variedades

16h00
O Concerto da Lona Preta com Trupe Lona Preta

16h00
O Concerto da Lona Preta com Trupe Lona Preta

17h00
O Conto Cantado

17h00
O Conto Cantado

22h00
Cia. Pia Fraus - Gigantes de Ar

22h00
Inimar dos Reis - Terreiro de Folia

22h00
Inimar dos Reis - Terreiro de Folia


Palco Parque da Luz
Rua Ribeiro de Lima, 99
São Paulo


Sesc Bom Retiro

Exposições de Ilustrações e Grafite, e Coreografias. Estação mais próxima: Júlio Prestes - Linha 8 - Diamante da CPTM

PROGRAMAÇÃO

Sábado - (18/05)

18h00
Dança de Salão

18h00
Eri e Erisvaldo - Mestres da Embolada

18h00
Jardim Elétrico

18h00
Lá e Cá - Os Livros Viajantes

18h00
Laboratório de Luz e Sombra

18h00
Mostra de Cinema Mudo

18h00
Mundo Circo

18h00
RAPentista Urbano

18h30
Cinema na Virada

18h30
Histórias Para Ler Junto

18h30
Itinerário

19h00
Herivelto Martins 100 anos

20h00
Desenhando São Paulo - Charges e Tirinhas HQ

20h00
Eri e Erisvaldo - Mestres da Embolada

20h00
Improviso de Palhaços

20h00
RAPentista Urbano

20h00
Você Improvisa Nós Registramos

20h30
Cidades Invisíveis - A Viagem do Rei Velhinho

21h00
Animação Inesperada

21h00
RAPentista Urbano

22h00
Armando Cerqueira Trio

Domingo - (19/05)

10h00
Brincando de Improviso

10h00
Canto das Criações

10h00
Jardim Elétrico

10h00
Lá e Cá - Os Livros Viajantes

10h30
Histórias Para Ler Junto

10h30
Improviso nas Estantes

10h30
Você Improvisa Nós Registramos

11h00
Cinema na Virada

11h00
Dança de Salão

11h00
Kevin o Vira Lata

11h00
Mundo Circo

11h30
Mostra de Cinema Mudo

12h00
As Aventuras de Urashima Taro

12h00
Improviso nas Estantes

12h30
Exibição Luz e Sombra

13h00
Imagina&ação

13h00
Improviso nas Estantes

13h00
Partido na Cozinha Convida Osvaldinho da Cuíca

14h00
Desenhando São Paulo - Charges e Tirinhas HQ

14h00
Tagtool Sessions

15h00
Cidades Invisíveis - A Viagem do Rei Velhinho

15h00
Orquestra Natural

16h00
Brincadeiras Tradicionais da Oceania

16h00
Improviso de Palhaços

17h00
Jogando no Quintal Pocket

18h00
Herivelto Martins 100 anos


Sesc Bom Retiro
Alameda Nothmann, 185
São Paulo


terça-feira, 16 de abril de 2013

Oficinas gratuitas em SP




FOTOGRAFIA / LITERATURA

OFICINA: ALÉM DA FOTOGRAFIA

Coordenação: Arô Ribeiro e Fernando Ferrari

9/5 a 6/6 – segundas e quintas-feiras – 18h30 às 21h30

Público: interessados a partir de 15 anos

Inscrições: 29/4  a 4/5

Seleção: aula aberta (6/5 – segunda-feira – 18h30 às 21h30)

15 vagas

A atividade mescla fotografia e literatura em um trabalho que tem o objetivo de estimular o olhar perceptivo sobre o cotidiano: a partir da realização de fotos que registram o dia a dia, as imagens obtidas serão reinterpretadas poeticamente em pequenos textos e crônicas.

Arô Ribeiro é fotógrafo, ator, iluminador, cenógrafo e performer. Como fotógrafo, participou como convidado do projeto “Flexões, um estudo sobre a sexualidade plural” e, desde 2010, desenvolve um trabalho autoral sobre retratos e formas intitulado “Cores Proibidas”.

Fernando Ferrari, publicitário, redator, escritor e fotógrafo, é formado em Publicidade e Propaganda e pós-graduado em Comunicação Empresarial. Publicou cinco livros, nos gêneros romance e crônica, e foi premiado em concursos literários no Brasil e no exterior.



TEATRO

OFICINA DE INCIAÇÃO TEATRAL

Coordenação: Maria Silvia do Nascimento

8/5 a 26/6 – quartas-feiras – 14h30 às 17h30

Público: interessados entre 14 e 18 anos

Inscrições: 29/4 a 7/5

Seleção: primeiros inscritos

20 vagas

Visão panorâmica do teatro, esta oficina pretende oferecer uma experiência significativa em artes cênicas, que possibilite ao jovem se apropriar das especificidades da linguagem e que contribua para a sua formação global. Baseadas principalmente nas concepções de Augusto Boal, as vivências desenvolverão a consciência corporal e vocal, a integração, a comunicação, a desinibição e a expressividade.

A atriz Maria Silvia do Nascimento, integrante da Cia. Asfalto de Poesia, é formada pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul e desenvolve pesquisa sobre comicidade feminina na Unesp, sob orientação de Mario Bolognesi. Premiada como Melhor Atriz em festivais de teatro em São Caetano do Sul e Ribeirão Pires.



OFICINA DE TEATRO: E O PALHAÇO, O QUE É?

Coordenação: Esio Magalhães

10/5 a 7/6 – sextas-feiras – 14h às 17h

Público: iniciados na linguagem do clown, a partir de 16 anos

Inscrições: 29/4  a 7/5

Seleção: currículo

20 vagas

A proposta da oficina é mergulhar no universo do palhaço, por meio de situações de prazer e de risco, e chegar ao nariz vermelho, a menor máscara do mundo. Com ênfase na relação entre Branco e Augusto (dois tipos clássicos de clown) e destes com o público, este trabalho prático com exercícios e jogos incentivará o participante a entrar em contato com o seu ridículo e encontrar seu próprio palhaço.

Esio Magalhães é ator, diretor, palhaço e pesquisador teatral, formado pela Escola de Arte Dramática da ECA-USP. Ex-integrante do Doutores da Alegria, é sócio-fundador do Barracão Teatro, no qual pesquisa a linguagem da máscara teatral em parceria com Tiche Vianna. Foi duas vezes indicado ao Prêmio Shell na categoria Melhor Ator.



OFICINA DE MAQUIAGEM ARTÍSTICA PARA TEATRO

Coordenação: Karen Belvedere

10/5 a 28/6 – sextas-feiras – 18h30 às 21h30

Público: atores e estudantes de teatro, a partir de 15 anos (os participantes deverão trazer seu próprio kit de maquiagem)

Inscrições: 29/4 a 9/5

Seleção: primeiros inscritos

15 vagas

De forma prática, a oficina visa revelar as funções e potencialidades da maquiagem no teatro, apresentando uma base de técnicas utilizadas para imprimir as características do personagem no rosto do intérprete, em harmonia com a concepção estética do espetáculo.

Karen Belvedere tem formação técnica em teatro pela Escola Recriarte e é graduanda em Artes pela Faculdade Mozarteum de São Paulo. Trabalha como maquiadora artística e desenvolve pesquisas sobre as distintas técnicas de caracterização de personagens para teatro, TV e vídeo de alta definição.



LEITURA DRAMÁTICA: LUIZ GAMA OU O DIABO COXO

Texto: Gabriela Rabelo

Direção: Eduardo Silva e Sidney Santiago

10/5 – sexta-feira – 19h30

Indicação: 15 anos

40 lugares (retirar ingresso com 30 minutos de antecedência)

“Luiz Gama ou o Diabo Coxo" conta a história do grande abolicionista, tendo como pano de fundo os conflitos do Brasil pré-abolicionista do séc. XIX. Em busca de Fidélia, uma escrava alforriada recapturada, Luiz Gama se depara com Maria – uma jovem branca que teve o filho arrancado de seus braços por ser fruto de seu amor com Benedito, um jovem negro. Ao conhecer a luta de Luiz Gama, Maria percebe a crueldade do sistema escravocrata e os abismos que ele cria entre as pessoas. Elenco (por ordem de entrada): Cida Baú, João Acaiabe, Rosana Maris, Edson Montenegro, Lizette Negreiros, Carla Martelli, Cibele Troyano, Décio Pinto, Max Mu, Jedson Kárta e Gabriela Rabelo.



OFICINA DE CANTO E INTERPRETAÇÃO MUSICAL

Coordenação: Pedro Paulo Bogossian

13/5 a 17/6 – segundas-feiras – 18h30 às 21h30

Público: atores, cantores e estudantes de teatro a partir de 18 anos

Inscrições: 29/4 a 4/5

Seleção: aula aberta (6/5 – segunda-feira – 18h30 às 21h30)

20 vagas

Por meio de atividades voltadas à interpretação de textos e canções, a oficina tem como objetivo propiciar uma vivência no gênero teatral Comédia Musical, com ênfase no subgênero Cabaré, levando o participante a compreender a estrutura dos espetáculos de esquetes e as funções da música na cena da comédia.

Pedro Paulo Bogossian é compositor, diretor musical, preparador vocal e pianista, um dos fundadores e principais integrantes do grupo paulistano Circo Grafitti. Especializado na inter-relação da cena teatral com a música, colabora constantemente para a concepção musical de aclamados espetáculos paulistanos. Recebeu os prêmios Shell, APCA e, por quatro vezes, o APETESP.



Oficina Cultural Amácio Mazzaropi
Avenida Rangel Pestana, 2401 – Brás
11 2292-7071 / 2292-7711
amaciomazzaropi@oficinasculturais.org.br
www.oficinasculturais.org.br

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Tendências/Debates: O circo de lona e a resistência urbana


Saiu um texto na folha de SP, dos diretores da associação dos amigos do Centro de memoria do circo, sobre o Circo e a lona. Pascoal da Conceição e Eduardo Rascov.

"O circo era um balão iluminado..." (Oswald de Andrade) 

Dias atrás, numa reunião da novíssima Associação dos Amigos do Centro de Memória do Circo, discutíamos a periclitante situação do circo de lona, esse balão iluminado que encanta desde os mais remotos tempos, quando, itinerante, mambembeava por quase todas as cidades do planeta, erguendo nelas a mais antiga sala de espetáculos do mundo.

Abrigo mínimo do sol, da chuva, das intempéries, frágil balão colorido e iluminado, dentro da lona se apresentavam atores, cantores, trapezistas, bichos, mágicos, palhaços, enfim, o mundo... do circo.

É necessário agir para que a cultura material e imaterial do circo nas cidades seja resgatada e preservada, missão maior do Centro de Memória do Circo. Por isso, que tal ajudar a fazer uma espécie de arqueologia do imaginário e doar material relativo ao circo, como fotografias, filmes, livros, discos, peças gráficas, figurinos?

Na linha do tempo do circo de lona na cultura brasileira, estão os ilustres modernistas Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Menotti Del Picchia, Sérgio Buarque de Holanda, Paulo e Yan de Almeida Prado e Di Cavalcanti, entre outros, que muitas vezes assistiam aos espetáculos do palhaço Piolin, no largo do Paissandu, nos anos 20.

Mário de Andrade dizia, sem cerimônia, que o circo e o teatro de revista eram os únicos "espetáculos que ainda se pode frequentar no Brasil".

Infelizmente, muitos dos espaços nos quais eram montadas aquelas delicadas estruturas viraram concreto. Mesmo assim, a barriga do circo insiste em persistir. Às vezes, topamos no meio do caminho com um circo de lona num terreno vazio. São como cogumelos que surgem depois da chuva, aparecem montados e iluminados da noite para o dia.

Essas lonas coloridas surgindo nos espaços vazios das cidades nada mais são que os sinais aparentes da resistência à desmedida ocupação imobiliária de nossas cidades. Formam um eloquente sinal de que, ali onde tem um circo --um acontecimento de arte e alegria--, está a luta dos que pensam em produzir a melhor e mais apaixonada ocupação dos espaços, onde todos vivemos a emaranhada forma humana corrupta da vida.

Não que dispensemos os arranha-céus, os mercados, as lojas de comércio ou desprezemos a necessidade de habitações. Mas como é bom saber que estão lá, alegres e resistentes, essas abóbadas frágeis, que lembram que a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. Elas exibem de maneira dramática a situação periclitante do circo e, ao mesmo tempo, seu grande papel de resistente cultural, com sua insistência turrona.

O circo persevera em cobrir com uma lona um vão de terra e fazer brotar ali um mundo em que se manifesta a alegria, a arte, a intrepidez, linha imaginária por onde desfila como um funâmbulo a exibir sua coragem --ignorante e iluminado--, na luta contra a força da especulação imobiliária, que ergue e destrói coisas belas.

Sim, era o circo de lona que discutíamos, mas eram também as cidades, as nossas cidades, para as quais é preciso que essa resistência se fortaleça. É necessário agir para que o circo tenha garantido pelo menos um terreno fixo em uma cidade como São Paulo, com um mínimo de infraestrutura, onde ele possa se armar e depois partir, sabendo que virá outro em seu lugar, e depois outro e depois outro.

Por isso saudamos a notícia de que um terreno na marginal Tietê, próximo ao shopping Center Norte, será cedido ao Circo Spacial de fevereiro a maio. Que a nova prefeitura o transforme na permanente Praça do Circo, que tanta falta faz à cidade. E vamos ao circo, porque "hoje tem espetáculo", sim, senhor.

PASCOAL DA CONCEIÇÃO, 59, ator, e EDUARDO CESAR RASCOV, 51, escritor, são diretores da Associação dos Amigos do Centro de Memória do Circo.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/1211500-tendenciasdebates-o-circo-de-lona-e-a-resistencia-urbana.shtml

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Inscrição de apresentações artísticas para a Virada Cultural 2013

A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo convoca artistas e grupos que desenvolvam trabalhos artísticos, sejam em palcos, em espaços abertos à circulação pública ou em locais alternativos, a trazerem propostas de apresentações, encenações, performances, demonstrações e exibições para ocupar as ruas, praças, arenas e tablados da cidade durante as 24 horas da Virada Cultural 2013.
A 9ª Virada Cultural ainda não tem data definida. Como sempre, ela se ocorrerá num final de semana sem chuvas e de lua cheia, entre o fim da tarde do sábado e o começo da noite do domingo.
Em caso de dúvida, escreva para inscricoes@viradacultural.org.



Termo de inscrição:
Você ou seu grupo podem inscrever projetos de espetáculos de rua para uma ou mais apresentações durante as 24 horas da Virada Cultural. Os espetáculos, gratuitos para o público, serão selecionados para receberem apoio da Secretaria de Cultura.
Os espetáculos, que podem mobilizar teatro, música, artes circenses e outras disciplinas, devem ser projetados para acontecerem em local público, talvez aberto, e portanto devem prever tipos diversos de interação com o público.
Cada proponente pode se inscrever individualmente ou como representante de um grupo e apresentar um ou mais projetos. O grupo deverá ser representado por apenas uma pessoa.
Pedimos que seja desde logo indicada pelo grupo ou artista a categoria pretendida, bem como que necessariamente se indique o valor de cachê desejável. O valor indicado servirá como indicativo, especialmente para propostas que não contemplem espetáculos completos, conforme oferecido na última edição do evento.
Nem todas as categorias propostas serão necessariamente realizadas, quer por dificuldades estruturais ou institucionais, quer por falta de inscritos. Não há número pré-definido de apresentações ou verba predestinada a categorias específicas, sendo esta uma seleção informal para inclusão segundo a lógica interna do evento e sua direção artística. A predileção desta supervisão por espetáculos de rua se deve ao espírito do evento, compreendido como uma grande festa de apropriação do espaço urbano, interesse para o qual é vital a proveitosa participação dos grupos teatrais e circenses de rua.

lomadee

Olá seja bem vindo!

A arte esta em nossas vidas, viva a arte intensamente.